- Por Belen Chatterjee
- BBC Notícias
Pelo menos 40 pessoas morreram em inundações e deslizamentos de terra no estado de São Paulo, no Brasil, disseram autoridades.
Com dezenas de desaparecidos e o número de mortos deve aumentar, as equipes de resgate esperam resgatar com vida algumas das pessoas presas em casas inundadas.
O vídeo mostra bairros debaixo d’água, rodovias inundadas e detritos deixados para trás depois que as casas foram varridas.
As comemorações do carnaval foram canceladas em várias cidades.
Na cidade litorânea de São Sebastião, foram 627 mm de chuva em 24 horas, mais que o dobro do esperado para o mês.
O prefeito da cidade, Felipe August, disse que a situação é caótica: “Ainda não medimos a extensão dos estragos. Estamos tentando resgatar as vítimas”.
Cerca de 50 casas desabaram e foram arrasadas, acrescentou Augusto, acrescentando que a situação era “extremamente perigosa”.
O governo do estado disse que houve pelo menos 35 mortes em São Sebastião e uma menina de sete anos morreu quando uma pedra de duas toneladas caiu em sua casa em Upaduba, cerca de 80 km (50 milhas) a nordeste.
Centenas foram deslocadas e evacuadas.
“Infelizmente, vamos ter muito mais mortes”, disse um representante da defesa civil ao jornal Folha de São Paulo.
O governador do estado, Tarcísio de Freitas, disse que o equivalente a US$ 1,5 milhão (£ 1,2 milhão) em financiamento foi liberado para ajudar no socorro a desastres.
Os eventos de carnaval foram cancelados em partes do litoral, um destino popular para turistas ricos que querem evitar as grandes festas de rua nas grandes cidades.
A festa costuma durar cinco dias antes da festa cristã da Quaresma e as comemorações coloridas são típicas do Brasil.
O maior porto da América Latina em Santos também foi fechado quando os ventos atingiram 55 km/h (34 mph) e as ondas subiram mais de um metro, informou a mídia local.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que passou o fim de semana do festival na Bahia, visitou as áreas afetadas na segunda-feira.
Ele prometeu apoio à reconstrução, mas disse que “é importante que as pessoas não construam mais casas em locais vulneráveis a chuvas fortes e deslizamentos de terra”.
Em uma postagem no Twitter, ele enviou condolências aos que perderam entes queridos e prometeu mobilizar as autoridades para fornecer equipes de saúde e resgate.
Mais chuvas fortes são esperadas na região, ameaçando piorar ainda mais as condições para as equipes de emergência.
À medida que ocorrem os impactos das mudanças climáticas, espera-se que eventos climáticos extremos, como inundações, se tornem mais comuns.
No ano passado, mais de 230 pessoas morreram em chuvas torrenciais na cidade de Petrópolis, no sudeste do país.
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