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Ucrânia impõe sanções ao alto clero da igreja pró-Moscou

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Ucrânia impõe sanções ao alto clero da igreja pró-Moscou

(Reuters) – A Ucrânia impôs sanções a 10 clérigos seniores ligados a uma igreja pró-Moscou, alegando que eles concordaram em trabalhar com as autoridades russas de ocupação ou justificaram a invasão de Moscou, disseram os serviços de segurança neste sábado.

O anúncio é o último de uma série de medidas contra o ramo ucraniano da Igreja Ortodoxa historicamente ligado a Moscou. A própria Igreja Ortodoxa na Rússia apóia a guerra.

E os serviços de segurança disseram, em comunicado, que os dez clérigos concordaram de forma diferente em cooperar com as autoridades de ocupação, promoveram narrativas pró-Rússia e justificaram a agressão militar russa na Ucrânia.

A maior parte do clero – todos membros ou intimamente associados à igreja – vive em áreas controladas pela Rússia ou no exterior, disse o serviço.

“O Serviço de Segurança da Ucrânia continua a realizar um trabalho abrangente na proteção do Estado ucraniano e continuará a expor as pessoas que ameaçam a soberania e a integridade territorial da Ucrânia”, disse o comunicado.

A filial ucraniana cortou oficialmente os laços com a Igreja Ortodoxa Russa em maio passado, mas muitos ucranianos continuam não confiáveis, acusando-os de colaboração secreta com a Rússia.

As sanções, que durarão cinco anos, congelarão os bens dos que constam da lista, impedirão que exportem capital da Ucrânia e que possuam terras.

Os serviços de segurança também realizaram várias incursões em paróquias e edifícios associados à igreja, que, segundo eles, sempre seguiu as leis ucranianas.

Os cristãos ortodoxos constituem a maioria dos 43 milhões de habitantes da Ucrânia. Desde o colapso do domínio soviético, a competição tem sido acirrada entre a Igreja associada a Moscou e a Igreja Autônoma da Ucrânia, que foi proclamada logo após a independência.

(Reportagem de David Leungren). Edição de Sandra Mahler

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