(CNN) A Polícia Federal brasileira prendeu um dos ex Presidente Jair Bolsonaro assessores mais próximos e dois outros, em conexão com uma investigação sobre uma quadrilha que supostamente falsificou dados sobre cartões de vacinação da Covid-19, segundo a afiliada da CNN Brasil. A polícia disse em um comunicado que 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão também foram emitidos.
A defesa do tenente-coronel Mauro Cid disse à CNN Brasil que ele ainda não teve acesso à investigação, “que é importante e confidencial”. A defesa acrescentou: “Anunciaremos assim que obtivermos uma cópia da ata.”
A polícia também realizou uma busca e apreensão vinculada à mesma investigação em um endereço vinculado ao local onde Bolsonaro mora com sua esposa Michele Bolsonaro em Brasília, próximo ao Jardim Botânico, informou a CNN Brasil.
“Hoje a Polícia Federal revistou e confiscou nossa casa, não sabemos porque e nem nosso advogado teve acesso aos autos. Só o celular do meu marido foi apreendido”, escreveu Michelle Bolsonaro no Twitter.
Ela acrescentou: “Soubemos pela imprensa que o motivo seria ‘fraude no cartão de vacinação’ do meu marido e de nossa filha, Laura. Em minha casa, fui apenas vacinada”.
A CNN Brasil informou que a filha de 12 anos de Bolsonaro, assim como a esposa de Syed e outros assessores de Bolsonaro também estão sob vigilância da Polícia Federal.
Bolsonaro disse a repórteres na quarta-feira que não havia sido vacinado contra a Covid-19 e que não houve adulteração de seu cartão de vacinação.
Um comunicado da polícia brasileira diz que está analisando o material apreendido durante as buscas e entrevistando pessoas que dizem ter informações relacionadas à investigação.
A alegada falsificação dos cartões de vacinação, entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, “alterou a verdade sobre um facto juridicamente relevante, nomeadamente a exigência de imunização contra a COVID-19 para os recetores”, refere o comunicado da polícia.
“Os factos investigados teoricamente constituem crimes de violação de medidas preventivas de saúde, formação de associações criminosas, introdução de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores”, pode ler-se no comunicado da polícia.