quinta-feira, novembro 21, 2024

Países amazônicos estão aquém das metas acordadas para acabar com o desmatamento

Deve ler

  • Christy Cooney em Londres e Katie Watson em Belém, Brasil
  • BBC Notícias

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Um oficial brasileiro examina uma árvore extraída da floresta amazônica

Os oito países que compartilham a bacia amazônica não cumpriram uma meta acordada para acabar com o desmatamento.

Representantes dos países se reúnem na cidade brasileira de Belém para uma cúpula de dois dias, a primeira vez em 14 anos.

Uma declaração conjunta na terça-feira criou uma aliança para combater o desmatamento, mas deixou cada país perseguir seus próprios objetivos de conservação.

Proteger a Amazônia é uma parte central dos esforços para enfrentar as mudanças climáticas.

Antes da cúpula, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva pediu uma meta comum para acabar com o desmatamento até 2030, uma política que seu próprio governo já adotou.

O Brasil abriga 60% da maior floresta tropical do mundo, a Amazônia. Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela estão representados no encontro.

Em seu discurso de abertura na terça-feira, Lula falou do “grave agravamento da crise climática” e disse que “os desafios de nossa era e as oportunidades que surgem deles, devemos agir de forma solidária”.

“Nunca foi tão urgente”, disse ele.

O desmatamento no Brasil diminuiu drasticamente desde que Lula assumiu a presidência do antecessor Jair Bolsonaro, que favorecia o desenvolvimento em detrimento da conservação, mas milhares de quilômetros quadrados são perdidos a cada ano.

A declaração conjunta, apelidada de Declaração de Belém, disse que a nova aliança “impediria que a Amazon chegasse a um ponto sem retorno”.

Alguns ficarão desapontados com o fato de a linguagem não ser forte, mas a cúpula sinalizou a disposição dos países da região de trabalhar em busca de soluções para um dos maiores desafios de nosso tempo.

Existem diferenças de opinião em algumas áreas.

Por exemplo, o presidente da Colômbia, Gustavo Pedro, quer que outros países cumpram sua promessa de proibir novas explorações de petróleo, enquanto o Brasil está considerando explorar novas áreas na foz do rio Amazonas.

Apesar das diferenças, o encontro sem dúvida deu voz à região no combate às mudanças climáticas e é visto como um precursor da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025, que também será realizada em Belém.

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Representantes dos oito países que dividem a Amazônia estarão presentes

Os bilhões de árvores que compõem a Amazônia mantêm o carbono armazenado por séculos e, a cada ano, suas folhas continuam a absorver dióxido de carbono que, de outra forma, permaneceria na atmosfera e contribuiria para o aquecimento global.

O mundo já aqueceu cerca de 1,1°C desde o início da era industrial e as temperaturas continuarão a subir, a menos que os governos de todo o mundo reduzam as emissões.

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De 2019: Como as florestas tropicais ajudam a controlar o aquecimento global?

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