A última onda de sanções ocorreu no sábado, quando Estados Unidos, União Europeia, Reino Unido e Canadá disseram que iriam expulsar alguns bancos russos do SWIFT, um serviço global de mensagens financeiras, e “paralisar” os ativos do banco central da Rússia.
“Também proibiremos as transações do Banco Central da Rússia e congelaremos todos os seus ativos para impedir que financie a guerra de Putin”, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em comunicado no domingo.
O colapso da moeda levou o banco central russo a voltar a implementar medidas de emergência na segunda-feira, incluindo o aumento das taxas de juros de 9,5% para 20%.
“As condições externas da economia russa mudaram fundamentalmente”, disse o banco no comunicado. “Isso é necessário para apoiar a estabilidade financeira, a estabilidade de preços e proteger as economias dos cidadãos do consumo”, acrescentou o banco.
O banco central disse que fornecerá uma atualização sobre a negociação de ações às 9h, horário local (1h ET) na terça-feira.
“Devido à situação atual, o Banco da Rússia decidiu não abrir hoje uma divisão do mercado de ações, a divisão do mercado de derivativos ou a divisão do mercado de derivativos na Bolsa de Valores de Moscou”, dizia o comunicado.
A Rússia é um grande exportador de petróleo e gás, mas muitos outros setores de sua economia dependem de importações. E com a depreciação do rublo, o custo de sua compra se tornará muito maior, o que levará a uma inflação mais alta. A repressão aos seus principais bancos e a exclusão de alguns deles do sistema de mensagens seguras SWIFT que conecta milhares de instituições financeiras em todo o mundo também dificultará a venda de exportações.
Correr nos bancos?
Analistas alertaram que a turbulência pode levar a um banco russo em pânico, já que os poupadores tentam garantir seus depósitos e acumular dinheiro.
Michael Hewson, analista-chefe de mercado da CMC UK Markets, disse em nota na segunda-feira.
“Parece que a corrida aos bancos russos dentro do país já começou, pois os russos comuns temem que seus cartões de crédito parem de funcionar”, acrescentou.
Na semana passada, o Banco Central da Rússia interveio nos mercados de câmbio na tentativa de apoiar o rublo. Na sexta-feira, ele disse que estava aumentando a oferta de notas para caixas eletrônicos para atender à crescente demanda por dinheiro. A agência de notícias estatal russa TASS informou que muitos bancos têm visto um aumento nas retiradas desde a invasão da Ucrânia, principalmente em moedas estrangeiras.
“Estas são as condições em que os bancos locais entram em jogo”, escreveu Neil Schering, economista-chefe da Capital Economics. “O [Russian central bank] Esta manhã ele aumentou as taxas de juros para 20%, mas outras medidas (como restrições aos saques de depósitos) podem ser tomadas ainda hoje. Tudo isso acelerará a desaceleração econômica da Rússia – uma queda no PIB [about] 5% agora parece provável.”
– Charles Riley, Laura He e Vasco Cutovio contribuíram com reportagem.
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