JERUSALÉM (Reuters) – Israel divulgou nesta segunda-feira imagens de câmeras de segurança datadas de 7 de outubro que mostram homens armados do Hamas entrando em Israel perseguindo pessoas de um festival de música ao ar livre, sendo que um deles foi visto executando uma mulher à queima-roupa.
Israel procura afastar as críticas internacionais pela sua resposta ao ataque do Hamas que levou a uma guerra devastadora em Gaza. Apesar dos crescentes apelos por um cessar-fogo, Israel disse que continuaria a sua campanha até que o Hamas fosse eliminado.
“Esta é uma guerra entre o bem e o mal”, dizia uma postagem compartilhada nas redes sociais junto com o vídeo por uma conta ligada ao Ministério das Relações Exteriores de Israel.
O vídeo mostra pessoas fugindo de homens armados do Hamas enquanto tentavam escapar de um festival perto da fronteira, em 7 de outubro, que se transformou em massacre.
No final do vídeo, ao fundo, uma das mulheres perseguidas está agachada no chão, com um atirador ao seu lado. Momentos depois, o atirador ergueu a arma e atirou à queima-roupa na mulher caída.
O vídeo não tinha som, mas uma nuvem de poeira subiu do chão quando ele puxou o gatilho.
A mulher não foi identificada pelo nome.
A Reuters verificou a localização da filmagem, perto do Kibutz Alumim, com o traçado da estrada, das árvores e de um edifício próximo correspondendo às imagens de satélite da área.
Aumenta a pressão sobre Israel para concordar com um cessar-fogo em Gaza, onde o governo dirigido pelo Hamas afirma que pelo menos 13.300 pessoas foram mortas, incluindo pelo menos 5.600 crianças.
As autoridades israelenses dizem que estão determinadas a permanecer focadas no assassinato de cerca de 1.200 pessoas pelo Hamas, a maioria delas civis, e na captura de outras 240 pessoas durante o dia mais sangrento dos 75 anos de história de Israel.
Tem havido um forte apoio e simpatia por Israel por parte dos governos ocidentais e de muitos cidadãos devido aos ataques do Hamas, mas a resposta israelita também provocou raiva.
Reportagem de Ari Rabinowitz, edição de Rosalba O’Brien
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