A cabine da tripulação da Boeing retornou à Terra da Estação Espacial Internacional na quarta-feira, completando um voo de teste repetido antes que os astronautas da NASA embarcassem.
A viagem de volta foi rápida: a cápsula Starliner caiu de pára-quedas no deserto do Novo México apenas quatro horas depois de deixar o laboratório em órbita, com airbags acoplados para amortecer o pouso. Apenas o manequim foi torcido.
Além de falhas no propulsor e obstáculos no sistema de resfriamento, o Starliner parece ter resolvido a fuga de alto risco, dois anos e meio após sua primeira tentativa fracassada. Os controladores de voo de Houston aplaudiram e comemoraram o ataque na mosca.
“É ótimo ter esse incrível voo de teste atrás de nós”, disse Steve Stitch, Gerente do Programa de Tripulação Comercial da NASA. Ele descreveu a demonstração como “altamente bem sucedida” com todos os objetivos alcançados.
O vice-presidente Mark Naby, da Boeing, acrescentou: “Em uma escala de 1 a 10, acho que daria 15”.
Com base nesses primeiros resultados, os astronautas da NASA trarão o próximo voo para a estação espacial, possivelmente até o final do ano. A agência espacial há muito tempo queria que duas empresas concorrentes dos EUA transportassem astronautas, para aumentar o seguro, pois reduziu drasticamente sua dependência da Rússia para voos de e para a estação espacial.
A SpaceX de Elon Musk já é a pioneira estabelecida, lançando astronautas desde 2020 e Até os turistas. As cápsulas da tripulação caem na costa da Flórida, e o Starliner da Boeing retorna à ampla e deserta faixa de mísseis de White Sands, no Novo México.
A Boeing cancelou sua primeira tentativa de chegar à estação espacial em 2019, depois que bugs de software deixaram a cápsula na órbita errada e quase a destruíram. A empresa consertou os defeitos e tentou novamente no verão passado, mas o desgaste da válvula interrompeu a contagem regressiva. Depois de mais reparos, finalmente um Starliner Decolar de Cabo Canaveral última quinta-feira e ancorado na estação espacial Sexta-feira.
Os astronautas da estação testaram os sistemas de comunicação e computador da Starliner durante seus cinco dias na estação espacial. Eles também descarregaram centenas de libras (quilogramas) de mantimentos e outros suprimentos que voaram para a cápsula da Boeing, depois os encheram com tanques de ar vazios e outros equipamentos descartados.
A bandeira americana dobrada enviada pela Boeing ficou para trás, apenas para ser recuperada pela primeira tripulação do Starliner.
“Estamos um pouco tristes em vê-lo ir”, disse o astronauta Bob Hines pelo rádio enquanto a cápsula voava.
Ao longo do voo havia um boneco de teste Starliner – Rosie the Rocketeer, uma decolagem em Rosie the Riveter na Segunda Guerra Mundial.
Os reparos e migrações custaram à Boeing quase US$ 600 milhões.