Agora é a vez de Joseph Burrell. O chefe da política externa da UE convocará ministros para um conselho “formal” de relações exteriores ao mesmo tempo que a cimeira de Orbán, de acordo com três diplomatas da UE com conhecimento direto do plano que pediram anonimato devido à natureza delicada da medida.
Isto ocorre depois de o enviado da Hungria à União Europeia, Balint Odor, ter sido duramente criticado pelos seus colegas numa reunião no início deste mês, sendo a Eslováquia o único país a não tomar a palavra. Ao boicotar a cimeira dos Negócios Estrangeiros, os ministros esperam limitar a provocação da Hungria.
“Se existe um Conselho dos Negócios Estrangeiros oficial, é organizado pelo Alto Representante [Borrell] “No mesmo dia, os ministros não poderão ir a Budapeste”, disse um diplomata.
Outro acrescentou que, ao boicotar a reunião de Budapeste, os outros ministros dos Negócios Estrangeiros queriam “enviar um sinal claro de que a Hungria não fala em nome da União Europeia”.
Mesmo antes da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, as tensões entre a UE e a Hungria já vinham crescendo há anos. Sob Orbán, o país tem estado a reverter as normas democráticas e o Estado de direito, bem como a perturbar o bom funcionamento da União Europeia ao impedir a aprovação de leis ou financiamento para obter concessões em áreas não relacionadas.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros de outros países da UE demonstraram a sua vontade de ignorar a Hungria. Na primeira reunião da presidência húngara, que Budapeste acolheu para discutir a política industrial, apenas sete ministros de outros países participaram na reunião. Nenhum comissário também estava presente.
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