Autoridades israelenses obtiveram um documento que descreve o plano de batalha do Hamas para o ataque terrorista de 7 de outubro, mais de um ano antes de o grupo militante realizar o ataque, informou o New York Times. mencionado Quinta-feira, citando documentos, e-mails e entrevistas.
O documento de cerca de 40 páginas não especificava uma data para o ataque, mas delineava “ponto por ponto” o tipo de incursão mortal levada a cabo pelo Hamas em território israelita em Outubro, segundo o The Times, que analisou o documento traduzido.
Oficiais militares e de inteligência israelenses rejeitaram o plano, dizendo que seria muito difícil para o Hamas implementá-lo, de acordo com o Times.
O documento, apelidado de “Muro de Jericó” pelas autoridades israelitas, detalha um ataque que destruiria as fortificações em torno da Faixa de Gaza, assumiria o controlo de cidades israelitas e teria como alvo bases militares importantes. O Times disse que o Hamas acompanhou isto cuidadosamente em 7 de Outubro.
Nesse dia, os combatentes do Hamas lançaram ataques transfronteiriços a partir de Gaza, num ataque coordenado, fazendo mais de 200 reféns e matando cerca de 1.200 pessoas – o maior ataque deste tipo a Israel desde a fundação do Estado em 1948.
O ataque foi amplamente visto como uma grande falha da inteligência israelita, com vários altos funcionários da defesa e segurança a apresentarem-se em Outubro para assumir alguma responsabilidade pelos erros que levaram aos ataques.
Mais tarde naquele mês, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, recebeu duras críticas públicas depois de ter acusado os chefes de segurança, numa publicação posteriormente eliminada nas redes sociais, de não o terem alertado sobre o ataque iminente.
“Pelo contrário, todos os responsáveis da defesa avaliaram…que o Hamas tinha sido dissuadido”, escreveu Netanyahu na altura.
De acordo com o Times, o documento “Muro de Jericó” circulou amplamente entre os líderes militares e de inteligência israelitas, mas não ficou claro se Netanyahu ou outros líderes políticos seniores tinham visto o documento.
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